Foi o próprio Savimbi que o matou?
Ben-Ben faleceu em 19 de Outubro de 1998 na África do Sul vitima de Paludismo/envenenamento.
Arlindo Chenda Pena foi um guerrilheiro da UNITA que passou a ser apelidado por “Ben Ben” em homenagem ao líder revolucionário argelino, Ahmed Ben Bella. Teve formação militar na Europa e qualificou-se como instrutor de artilharia na Academia Real de Guerra Marroquina.
Em 1985, ainda coronel, tornou-se chefe do Estado-Maior da Frente “Estamos a Voltar”, das FALA (braço armado da UNITA).
Dentro de um ano tinha sido promovido a general de divisão e em Dezembro de 1989, com apenas 34 anos, ascendeu ao posto de chefe do Estado-Maior General do exército da UNITA, em substituição de Demóstenes Chilingutila.
Depois dos acordos de Bicesse, foi para Luanda e participou na junção das FALA e FAPLA, que deu lugar às Forças Armadas Angolanas (FAA). Em Função de um desentendimento entre o MPLA e a UNITA retornou ao Andulo. Meses depois, no decurso de novas negociações entre os partidos tornou a regressar à Luanda (a 8 de Outubro de 1998), em paralelo com a integração no exército angolano, ocupando as funções de Vice-Chefe de Estado Maior das FAA.
A 14 de outubro de 1998 foi evacuado para a Africa do Sul, no seguimento de uma consulta num posto de saúde do exército que lhe diagnosticou paludismo. Ao fim de 5 dias acabaria por falecer numa clínica em Joanesburgo por alegada paralisia renal e problemas pancreáticos.
Na sequência do seu desaparecimento físico, a família reagiria, alertando que dispunha de informações segundo as quais os médicos teriam detectado veneno no sangue deste malogrado, que já o corroía há 15 dias, dada que correspondia visita que fez a Jonas Savimbi no Andulo.
Foi enterrado num cemitério localizado na zona West da cidade de Pretória. A sua mãe, Judith Pena, que estava no Burkina Faso, deslocou-se à África do Sul para acompanhar o enterro do filho.
Fonte: AngolaEfemérides/Jambakiaxi